“Cuidar dos rios é cuidar da vida”: Águas do Rio faz balanço do programa Esse Rio é Meu em 2025

Entrevista com Tâmara Motta, Gerente de Responsabilidade Social - Águas do Rio.

Em um momento em que o Rio de Janeiro vive avanços importantes na área de saneamento básico, o programa Esse Rio é Meu se destaca como uma das iniciativas de maior impacto na mobilização de escolas e comunidades em torno do cuidado com os rios urbanos. Para a Águas do Rio, o projeto tem sido decisivo não apenas para aproximar estudantes da realidade hídrica dos territórios, mas também para estimular pertencimento e transformar percepções.

Durante o encontro de celebração realizado na sede da concessionária, a Gerente de Responsabilidade Social, Tâmara Motta avaliou o percurso do programa em 2025 e ressaltou o amadurecimento da participação escolar. Segundo ela, “cada vez mais estudantes reconhecem que cuidar dos rios é também cuidar da saúde e da qualidade de vida no território” — uma mudança que, para a empresa, reflete o potencial da educação como aliada no fortalecimento do saneamento básico.

Para Tâmara, iniciativas educativas como o Esse Rio é Meu se tornam ainda mais estratégicas diante das transformações que a cidade atravessa. “O Rio de Janeiro vive um momento importante de avanços, e os rios urbanos ocupam papel central nesse processo”, afirma.

A seguir, ela comenta os resultados do ano, explica a relação entre saneamento e saúde e aponta caminhos para ampliar o impacto do programa nos próximos anos.

revistapontocom – Qual o balanço que a concessionária faz do programa Esse Rio é Meu em 2025?
Tâmara Motta –
Como um projeto extremamente positivo e estratégico. Observamos um avanço significativo na mobilização das instituições formais de ensino, na compreensão sobre a importância dos cursos d’água e no estímulo ao protagonismo local. Além disso, o projeto tem contribuído para a transformação de percepção: cada vez mais jovens reconhecem que cuidar dos rios é também cuidar da saúde e da qualidade de vida no território. Para a Águas do Rio, esse balanço demonstra que iniciativas educativas como essa complementam e potencializam as ações técnicas de saneamento básico nos territórios onde atuamos.

revistapontocom – De que forma então o programa Esse Rio é Meu pode ser ainda mais transformador?
Tâmara Motta –
O projeto pode ser ainda mais transformador ao ampliar a participação do território e aprofundar a integração com as ações de saneamento básico realizadas nos territórios. Ao aproximar as escolas dos projetos de melhoria que estão sendo implementados pela Águas do Rio — que possibilitam que cada vez mais o acesso a água tratada e ao esgoto tratado seja uma realidade de milhares de famílias —, das estações de tratamento e das iniciativas de recuperação ambiental, o Esse Rio é Meu potencializa sua capacidade de gerar pertencimento e engajar os estudantes em ações concretas. O programa não apenas educa, ele inspira e cria condições para que os jovens assumam seu papel na construção de uma cidade mais saudável, sustentável e resiliente.

revistapontocom – Como a concessionária avalia a relação do programa com este novo cenário que se vislumbra na cidade do Rio, especificamente com relação ao cuidado com os rios?
Tâmara Motta –
O Rio de Janeiro vive um momento importante de investimentos e avanços no saneamento básico, e os rios urbanos ocupam papel central nesse processo. O projeto dialoga diretamente com essa transformação ao aproximar as escolas da realidade hídrica do território. Além disso, ajuda a fortalecer uma cultura de cuidado, estimulando que crianças e jovens reconheçam o rio como parte viva da cidade — e não como algo distante ou invisibilizado. Ao promover educação ambiental e engajamento comunitário, o projeto contribui para consolidar um novo olhar sobre os rios, que envolve pertencimento, corresponsabilidade e valorização local. Essa conexão reforça que o saneamento básico é um trabalho que envolve toda a sociedade.

revistapontocom – Uma das questões importantes deste encontro é a temática do saneamento. Por que essa questão é tão importante e cara?
Tâmara Motta –
O saneamento básico é essencial porque está na base da dignidade humana. Água tratada e esgoto coletado e tratado não são apenas serviços, são fatores que impactam diretamente a saúde, a qualidade de vida, a conservação ambiental e o desenvolvimento social. Onde há saneamento, há menos doenças, mais oportunidades, mais aprendizado, mais qualidade de vida. É um tema caro porque historicamente muitos territórios foram privados desse direito, o que gerou desigualdades profundas. Hoje, avançar no saneamento significa corrigir essas desigualdades e garantir que todas as pessoas tenham acesso ao básico que transforma tudo.

revistapontocom – Qual a relação que podemos estabelecer entre saneamento e saúde?
Tâmara Motta –
A relação é direta e incontestável. O saneamento é uma das principais ferramentas de prevenção de doenças. Quando o esgoto é devidamente coletado e tratado, evitamos a contaminação da água, dos solos e dos ambientes onde as pessoas vivem. Isso reduz significativamente casos de diarreia, hepatites, verminoses e diversas outras doenças de veiculação hídrica. Estudos mostram que regiões com saneamento adequado têm menos internações, menos absenteísmo escolar e maior expectativa de vida. Ou seja, investir em saneamento é investir em saúde e promover um ambiente mais seguro, saudável e sustentável para toda a população.

revistapontocom – Qual é a importância da escola nesta relação – saneamento e saúde?
Tâmara Motta –
A escola é um elo fundamental entre conhecimento, território e transformação social. É no ambiente escolar que crianças e jovens aprendem como o saneamento funciona, por que ele é tão importante e como o cuidado com a água se conecta diretamente com a saúde de todos. Quando a escola trabalha esses temas, ela forma cidadãos mais conscientes, capazes de identificar práticas inadequadas e adotar hábitos que protegem o meio ambiente. Além disso, a escola tem papel multiplicador: o que o aluno aprende, ele leva para casa, para a família, para a vizinhança. Por isso, para a concessionária, a parceria com a educação é estratégica e essencial. Essas crianças de hoje serão os adultos de um futuro próximo.

O programa Esse Rio É Meu é desenvolvido em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio, em parceria com a oscip planetapontocom e a concessionária Águas do Rio – patrocinadora do programa. O objetivo do programa é engajar escolas na recuperação e preservação dos rios. Cada grupo de escolas da rede pública de ensino do Rio ficou responsável por desenvolver ações em torno de um dos corpos hídricos da cidade.

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