‘Cada criança tem seu ritmo e maneira de aprender. Respeitar essas diferenças é essencial para assegurar uma educação efetivamente inclusiva’

Por Taís Simone Simões de França
Pedagoga. Professora
Atua na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e do município de Nilópolis

A Educação Infantil representa a etapa mais importante da formação do indivíduo, pois é nesse período que se desenvolvem as habilidades cognitivas, afetivas e sociais que acompanharão ao longo da vida. Ainda assim, essa fase encara inúmeros desafios atuais, que vão além dos métodos de ensino tradicionais, como as transformações tecnológicas, a neurodiversidade e as urgências ambientais.

Estamos em uma era digital, e as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC’s) estão cada vez mais presentes na vida das crianças. A utilização dessas ferramentas na prática pedagógica é extremamente positiva, desde que bem direcionada e adequada ao desenvolvimento infantil, garantindo que o uso vá além do entretenimento e colabore efetivamente para o desenvolvimento global da criança.

No entanto, enfrentamos mais um desafio: a formação continuada do docente, pois cabe ao professor o papel de transformar essas ferramentas em recursos que favoreçam aprendizagens significativas, lúdicas e prazerosas. Contudo, é fundamental que essa abordagem tecnológica caminhe juntamente com temas emergentes e tal qual urgentes, como a sustentabilidade, a conscientização ambiental.

As mudanças climáticas são uma realidade emergencial e precisam estar presentes no cotidiano escolar, mesmo na educação infantil, de forma sensível e apropriada às crianças. Abordar essa temática desde os primeiros anos com valores como cuidado ao meio ambiente, a empatia e a responsabilidade compartilhada é essencial para a formação de cidadãos conscientes que incentivem e pratiquem o cuidado com a natureza e atitudes sustentáveis. Além disso, cresce a necessidade de debater o tema neurodiversidade e saúde mental na educação infantil.

Cada criança tem seu ritmo e maneira de aprender. Respeitar essas diferenças é essencial para assegurar uma educação efetivamente inclusiva. Professores devem estar aptos para identificar e acolher demandas diversas, proporcionando espaços seguros, afetuosos e estimulantes para todos. A formação continuada dos educadores, a valorização dos professores, a adequação das escolas às condições sociais e ambientais e o fortalecimento de políticas públicas são passos indispensáveis.

Portanto, promover uma Educação Infantil de qualidade exige não apenas o uso tecnológico consciente, mas também o reconhecimento da importância dessa etapa na construção de sujeitos críticos e preparados para os desafios do mundo moderno, englobando enfrentamento das crises ambientais. A escola tem o papel de plantar sementes de transformação desde os primeiros anos dos nossos pequenos.

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