Biólogo Mário Moscatelli participa do projeto de recuperação de manguezais

Confira o depoimento do biólogo

Biólogo Mário Moscatelli está à frente de programa da Concessionária Águas do Rio para recuperação de manguezais do Estado do Rio

clique aqui confira como foi a ação em comemoração ao Dia Mundial de Proteção aos Manguezais

conheça o programa Esse Rio é Meu

Confira, abaixo, o depoimento do biólogo Mário Moscatelli sobre o trabalho que realiza junto à recuperação dos manguezais do Estado do Rio. Em entrevista à revistapontocom, ele pontuou o trabablho na ETE Alegria.

Biólogo Mário Moscatelli participa de projeto de recuperação de manguezais


“O manguezal da Alegria existe há várias décadas, não sei lhe precisar a idade mas pelo menos há 40 anos. Como ecólogo, especialista em recuperação e criação de manguezais no estado do Rio de Janeiro, dei a ideia à concessionária Águas do Rio, de recuperar a área de 4.6 hectares de manguezais degradados pelo aporte de lixo e a ampliação do manguezal em mais 3.6 hectares por meio de plantios.

A ideia é, portanto, recuperar e ampliar os manguezais da península do Caju, incrementar a biodiversidade e, quem sabe, em algum momento criar um parque para a comunidade local aproveitar a sombra do ecossistema.

O regaste dessa área revela que, com trabalho contínuo, até as áreas mais degradadas da Baía de Guanabara, podem sim ser recuperadas e aproveitadas para alguma finalidade, por exemplo o ecoturismo e lazer. Quem diz o contrário, não sabe o que está falando ou é mal-intencionado.

Trata-se de um ‘pagamento’ de uma fatura para lá de vencida em termos de passivo ambiental com um dos ecossistemas mais suprimidos das margens da Baía de Guanabara.

Com manguezal recuperado e ampliado, sai ganhando o ambiente e o ser humano. É claro que o manguezal apesar ser o “mil e uma utilidades” do ambiente não faz milagre, mas é mais um passo no processo de resgate de uma relação menos predatória com o ambiente.

Várias áreas de manguezal estão em recuperação, mas destaco que nenhuma se encontra numa área tão impactada como a da península do Caju.

A mudança da relação historicamente predatória com o ambiente apenas se dará com educação de boa qualidade, com conhecimento, informação e transformando o aluno e aluna em agentes ativos, transformadores da atual realidade de degradação. Não existem salvadores da pátria ambientais e tão pouco mitos do meio ambiente, mas apenas muito trabalho sério e contínuo que precisa ser feito imediatamente para evitarmos de sermos engolidos pelo monstro climático que criamos. O tempo se esgota para discursos de palanque, precisamos de ação e essa ação só virá na proporção necessária por meio da EDUCAÇÃO! Será que vai dar tempo? Não sei e tão pouco perco meu tempo pensando. Recupero e amplio as áreas de manguezal: é o que eu sei fazer”.

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