
A subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade do Estado do Rio de Janeiro, Ana Asti, destacou os avanços, desafios e oportunidades da chamada economia azul no Estado. Ela reforçou que o futuro do desenvolvimento social, econômico e ambiental do Rio de Janeiro passa necessariamente pela valorização e preservação de seus recursos hídricos — especialmente a Baía de Guanabara. “É impossível termos desenvolvimento onde não há saneamento”.
A subsecretária apontou avanços significativos na revitalização dos recursos hídricos do Estado, mas destacou que o resíduo sólido continua sendo um grande desafio. Segundo ela, a Baía de Guanabara está entre os cinco maiores poluidores de plástico do mundo. Para ela, a resposta passa por uma base fundamental: a educação.
Educação como motor da transformação
Ao longo de sua fala, Ana destacou diversas iniciativas educacionais que buscam reverter a cultura de descaso com os rios e mares. Entre elas, o programa de Escola Azul e parcerias com instituições como o Lance (Laboratório de Métodos Oceanográficos da UFRJ), que realiza simulações com alunos da rede pública para mostrar o trajeto do lixo gerado em suas escolas até o oceano. “É esse pertencimento que precisamos criar. As cidades que estão de costas para a Baía de Guanabara precisam se reconectar com ela. Só assim construiremos uma nova realidade”, pontuou.
Rumo à Década dos Oceanos
Ana também adiantou que o Estado se prepara para a Conferência da Década dos Oceanos, que ocorrerá no Rio de Janeiro em 2027. A meta, segundo ela, é apresentar o projeto da Metrópole Azul como um exemplo internacional de governança integrada e economia do mar, com foco em saneamento, educação, inovação e inclusão.