
Em sua apresentação, o engenheiro Renan Mendonça, Diretor Executivo da Águas do Rio, apresentou um panorama das transformações promovidas pela concessionária no estado do Rio de Janeiro desde o início da concessão, em 2021. “Não somos apenas uma empresa de infraestrutura. Acreditamos na educação, na geração de renda e na transformação social”, afirmou.
Renan iniciou sua fala lembrando o cenário de desconfiança que marcou a chegada da concessionária ao estado. “Foram anos de promessas não cumpridas. Por isso, era fundamental mostrarmos, com trabalho, que viemos para transformar. Hoje, temos resultados concretos para apresentar”, destacou.
Desde o início da operação, a Águas do Rio implantou mais de 1.400 quilômetros de redes de água e quase 200 quilômetros de rede de esgoto. Além disso, diversos sistemas e estações de tratamento passaram por recuperação total — incluindo estruturas históricas, como o elevatório Parafuso, em Copacabana, e a Estação de Tratamento de Esgoto Alegria, a segunda maior do país.
Comunidade como prioridade: quatro pilares de atuação
Ao abordar a atuação em comunidades, Renan apresentou o modelo de trabalho desenvolvido a partir de escutas e pesquisas. Segundo ele, o relacionamento com as áreas populares se sustenta em quatro pilares fundamentais: Prestação de serviço eficiente – água e esgoto tratados, visíveis no dia a dia. Tarifa Social; Dignidade, com fornecimento de comprovantes de residência formais; e Oportunidade, com geração de emprego local – hoje, mais de 4.500 dos 8 mil funcionários da empresa são oriundos de comunidades.
“É preciso ouvir, respeitar e agir. As pessoas querem dignidade. A conta justa. Um comprovante para buscar um emprego. E principalmente, querem fazer parte da transformação”, resumiu.
Despoluição que inspira: o renascimento da Praia do Flamengo
Entre os casos de maior destaque está a recuperação da Praia do Flamengo, considerada por muitos um feito histórico. Antes imprópria para banho por quase toda a década passada, a praia hoje registra índices de balneabilidade acima de 80% em medições contínuas. Isso foi possível graças à recuperação do interceptor oceânico, à fiscalização de ligações clandestinas e ao desvio do rio Carioca, que lançava esgoto diretamente na praia.
O impacto é visível. A água está mais clara, o odor diminuiu e a fauna marinha ressurgiu com força. “Mergulhadores noturnos já registram tartarugas, peixes e crustáceos em áreas onde antes era impossível pensar em vida marinha. A vida voltou. O mar está voltando a respirar”, relatou Mendonça, ao exibir matérias jornalísticas da imprensa.
Avanços concretos e metas ambiciosas
A meta contratual até 2033 é garantir 99% de cobertura de água tratada e 90% de esgotamento sanitário. Para isso, a empresa aposta em planejamento, investimento em ativos existentes e na mobilização social e educacional.
Para Renan Mendonça, os avanços são resultado de um esforço coletivo. “Estudantes, escolas, professores, poder público, comunidade, iniciativa privada. Quando todo mundo rema junto, os resultados aparecem. “Melhor do que sonhar é realizar. E nós já estamos realizando”, comemorou.