José Maria Vaz, coordenador de Operações da Águas do Rio, conta detalhes do programa, especificamente da ETE Alegria
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Em entrevista à revistapontocom, José Maria Vaz fala sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido pela concessionária Águas do Rio. Acompanhe o depoimento, abaixo:
“O “Projeto Mangue” teve início em 2022, logo após a Águas do Rio assumir a operação da ETE Alegria, portanto, são 3 anos de trabalho. A Águas do Rio está recuperando uma área em torno de 140 mil m². Estamos retirando o lixo que se deposita no mangue vindo pelo movimento das marés e fazendo o plantio de 13 mil mudas de vegetação nativa, mangue vermelho e mangue branco. O planejamento é manter a limpeza do manguezal no entorno da ETE Alegria e continuar o plantio das mudas nas áreas degradadas.
O que se deseja é retirar o máximo de lixo da área, permitindo o plantio de novas mudas e assim liberando o desenvolvimento do mangue no entorno da ETE Alegria, que sofre muito com o impacto do lixo no local. Já foram retiradas 150 toneladas de lixo no entorno da ETE Alegria.
Esse “resgate” significa a melhora da qualidade deste meio ambiente, permitindo o retorno de espécies de animais nativos como o caranguejo “goiamum” e o pássaro “maçarico” que já foram vistos novamente pelo local, além de maior produção de oxigênio e maior captura de gás carbônico da atmosfera. O mangue também é conhecido como o “berçário do mar”. Algumas espécies de peixes, como o Robalo por exemplo, precisam ir ao mangue para desovar e ali se desenvolvem até atingirem a idade adulta e voltarem para o mar.
Para a cidade esse “resgate” significa o cuidado com o meio ambiente que nos retorna em qualidade de vida, pois mangues bem cuidados representam mais vida nos oceanos e consequentemente em nossas praias. A despoluição da Baia de Guanabara é parte dessa recuperação, deixando um legado positivo para as próximas gerações.
A revitalização do mangue tem impacto direto na Baía de Guanabara e para o cidadão, principalmente para os pescadores locais que sentem de imediato a melhoria da qualidade do pescado em suas redes.
Esse projeto também é feito nas margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, onde já temos resultados muito positivos na recuperação da qualidade da água da Lagoa, da fauna e da flora local”.